Uma comissão independente das Nações Unidas concluiu que Israel é responsável pela prática de genocídio em Gaza, uma acusação grave que se junta a alegações sobre o uso da fome como arma de guerra. A conclusão da comissão da ONU, apoiada por relatores de direitos humanos e um número crescente de países e organizações internacionais, representa o nível mais alto de condenação da ofensiva militar israelita. A acusação de genocídio baseia-se na escala de mortes, especialmente de civis, e na destruição generalizada em Gaza. Para além disso, Israel enfrenta a acusação de usar a fome como arma de guerra, através da imposição de um bloqueio à entrada de ajuda humanitária e da restrição ao trabalho das organizações no terreno. Esta política resultou na morte de centenas de palestinianos por desnutrição.
As autoridades israelitas negam veementemente ambas as alegações.
O governo de Benjamin Netanyahu argumenta que a sua guerra é contra o Hamas, que considera uma organização terrorista, e acusa o movimento de usar a população civil como escudo humano e de operar a partir de infraestruturas civis, como hospitais e escolas.
Apesar das negações israelitas, as conclusões da ONU aumentam a pressão internacional sobre Israel e os seus aliados para reavaliar a condução da guerra e as suas consequências devastadoras para a população civil palestiniana.
Em resumoAs acusações formais de genocídio e uso da fome como arma de guerra por parte de um órgão da ONU marcam um ponto de viragem no discurso internacional sobre o conflito, isolando diplomaticamente Israel e intensificando os apelos por responsabilização.