Crianças, mulheres e idosos fazem o percurso maioritariamente a pé, alguns utilizando carroças puxadas por burros, carregando os poucos pertences que conseguiram salvar.

Muitos utilizam a Estrada de al-Rashid, uma autoestrada costeira severamente danificada pelos bombardeamentos, o que torna a viagem perigosa e difícil.

O regresso é descrito como uma "viagem em direção ao desconhecido", pois grande parte dos edifícios e infraestruturas no norte do enclave está completamente destruída.

O sentimento de perda e incerteza é palpável entre os que regressam.

Maryam Abu Jabal, uma das deslocadas, expressou este sentimento à AlJazeera: “Nós regressamos ao desconhecido, sem saber se as nossas casas ainda existem”.

Outro residente, Mohammed Sharaf, partilhou uma perspetiva igualmente desoladora: “Tudo mudou.

Estamos a regressar a um desastre que não conseguimos compreender.

Pensávamos que íamos sair [de casa] por uns dias, e agora estamos de volta e encontramos nada.” Estas declarações ilustram o profundo trauma e a realidade brutal que enfrentam ao tentar reconstruir as suas vidas sobre os escombros.