O atual cessar-fogo surge no contexto de um conflito de dois anos desencadeado pelo ataque do Hamas a Israel a 7 de outubro de 2023. Este evento, que resultou em 1.200 mortos e na captura de mais de 200 reféns, provocou uma retaliação israelita massiva com o objetivo declarado de "erradicar" o Hamas. O ataque de 7 de outubro de 2023 foi um ponto de viragem, marcando o pior massacre de judeus desde o Holocausto, segundo as autoridades israelitas. Milicianos palestinianos liderados pelo Hamas infiltraram-se em território israelita, atacando várias localidades e um festival de música, resultando na morte de cerca de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, e no sequestro de 251 reféns. Em resposta, Israel declarou guerra, lançando uma ofensiva militar em larga escala na Faixa de Gaza.
O objetivo proclamado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi a aniquilação total do Hamas, o grupo islamita que governa autocraticamente o enclave desde que foi eleito em 2006.
Este conflito insere-se numa história mais longa de confrontos armados entre israelitas e palestinianos, que remonta à formação do Estado de Israel em 1948. A guerra que se seguiu ao ataque do Hamas durou dois anos e, segundo os números das autoridades locais, provocou uma devastação sem precedentes em Gaza, com um número de mortos que ultrapassa os 67 mil, deixando um rasto de destruição e uma profunda crise humanitária que serve de pano de fundo para as atuais negociações de paz.
Em resumoCompreender o ataque de 7 de outubro e a subsequente guerra de dois anos é fundamental para contextualizar a importância do atual acordo de cessar-fogo. As profundas feridas e a desconfiança geradas por este ciclo de violência representam os maiores desafios para a construção de uma paz duradoura e justa na região.