Líderes mundiais reuniram-se em Sharm el-Sheikh, no Egito, para uma cimeira de paz crucial, copresidida pelos presidentes egípcio e norte-americano, com o objetivo de formalizar o cessar-fogo entre Israel e o Hamas e delinear o futuro pós-guerra para a Faixa de Gaza. A cimeira, copresidida por Abdel Fattah el-Sissi do Egito e Donald Trump dos Estados Unidos, contou com a presença de mais de duas dezenas de líderes mundiais, incluindo o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, e o secretário-geral das Nações Unidas. O encontro visava apoiar a implementação do acordo de cessar-fogo e preparar as bases para a fase seguinte, focada na governação, segurança e reconstrução de Gaza. A relevância do evento foi sublinhada pela presença de figuras de alto nível, indicando um forte impulso diplomático para transformar a trégua numa solução duradoura.
No entanto, a cimeira não esteve isenta de tensões.
O primeiro-ministro do Iraque, Mohamed Shia al-Sudani, ameaçou retirar-se caso o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, estivesse presente, refletindo as profundas divisões regionais.
A participação de Netanyahu foi alvo de informações contraditórias; após a presidência egípcia anunciar a sua presença, o seu gabinete negou, alegando a observância de um feriado judaico, para depois surgirem notícias de que, afinal, participaria após uma conversa com Trump.
Esta incerteza em torno da sua figura central demonstrou a fragilidade do equilíbrio diplomático e os desafios políticos inerentes a qualquer processo de paz que envolva Israel e os seus vizinhos.