A sua eventual presença ao lado de líderes árabes e do presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, foi um ponto central de especulação.
Inicialmente, a Presidência egípcia anunciou que Netanyahu participaria no encontro, uma informação que gerou uma reação imediata do Iraque, cujo primeiro-ministro ameaçou abandonar a cimeira caso o líder israelita comparecesse.
Esta posição evidencia a recusa de alguns países árabes em normalizar relações com Israel, mesmo no contexto de um processo de paz. Pouco depois, o gabinete de Netanyahu veio a público afirmar que ele não iria à cimeira por coincidir com o feriado judaico de Simchat Tora. Esta justificação foi apresentada depois do convite de Donald Trump para que assistisse ao evento.
No entanto, a situação voltou a mudar quando a rádio pública israelita noticiou que a presença de Netanyahu e Abbas tinha sido mutuamente acordada após uma conversa telefónica entre Trump e o presidente egípcio, Abdel-Fattah el-Sissi.
Esta sucessão de anúncios e desmentidos ilustra a delicada coreografia diplomática necessária para reunir líderes com profundas divergências históricas e políticas.
A hesitação e as reações em cadeia demonstram como a simples presença de Netanyahu num evento desta natureza é, por si só, um ato político carregado de simbolismo e potenciais repercussões internas e regionais.














