A controvérsia resultou no cancelamento da sua presença, evidenciando as tensas dinâmicas diplomáticas da região.

Inicialmente, a presidência egípcia e a rádio pública israelita confirmaram que Netanyahu se deslocaria à cimeira, após um convite de Donald Trump.

No entanto, pouco tempo depois, o seu gabinete anunciou o recuo, justificando a ausência com a celebração do feriado judaico de Simchat Torá.

Fontes diplomáticas e analistas, contudo, apontaram para outras razões.

Uma fonte diplomática turca revelou à AFP que Ancara, “com o apoio de outros líderes”, pressionou para impedir a presença do chefe do executivo israelita.

Omer Celik, porta-voz do partido no poder na Turquia, confirmou publicamente que o presidente Erdogan “nunca aceitaria estar no mesmo enquadramento fotográfico que Netanyahu”.

Além disso, o primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia al-Sudani, avisou que se retiraria da cimeira caso Netanyahu comparecesse, uma vez que o Iraque não reconhece o Estado de Israel.

O descontentamento generalizado entre os líderes árabes presentes parece ter sido o fator decisivo para a exclusão do primeiro-ministro israelita.

O episódio demonstrou que, apesar dos avanços diplomáticos, a normalização das relações entre Israel e vários países da região continua a ser um obstáculo significativo, mesmo no contexto de um acordo de paz histórico.