Enquanto a primeira fase se foca em medidas imediatas como a troca de reféns e a retirada parcial de tropas, a segunda aborda os desafios complexos do pós-guerra. A primeira fase, que entrou em vigor com o anúncio do acordo, inclui um cessar-fogo, a libertação dos 20 reféns vivos e de 1.968 prisioneiros palestinianos, a entrada de ajuda humanitária em Gaza e a retirada parcial das forças israelitas. As tropas de Israel devem recuar para a chamada “linha amarela”, uma zona tampão demarcada pelos EUA, mantendo-se ainda em cerca de 53% do território.

O Exército israelita confirmou ter iniciado os preparativos para esta retirada.

A segunda fase, cujas negociações já começaram segundo Donald Trump, é consideravelmente mais complexa e controversa.

Esta etapa abordará a reconstrução do enclave, a futura governação da Faixa de Gaza e o desarmamento do Hamas. O plano de Trump prevê a exclusão do Hamas da governação e a destruição do seu arsenal. O sexto ponto do plano estipula que os membros do Hamas que entregarem as armas e se comprometerem com a coexistência pacífica poderão beneficiar de uma amnistia, enquanto outros poderão ser exilados, uma proposta que um alto responsável do Hamas classificou como “absurda”. A disponibilidade do Hamas para entregar as armas é incerta, com relatos díspares sobre o assunto, o que constitui um dos maiores obstáculos para o sucesso a longo prazo do plano de paz.