Contudo, o regresso é marcado pela incerteza e pela devastação.

Muitos edifícios e infraestruturas no enclave foram completamente destruídos.

Maryam Abu Jabal, uma palestiniana a regressar, descreveu a situação à AlJazeera: “Nós regressamos ao desconhecido, sem saber se as nossas casas ainda existem”.

Outro residente, Mohammed Sharaf, afirmou: “Estamos a regressar a um desastre que não conseguimos compreender”.

A crise humanitária é agravada pela destruição de serviços essenciais, como a rede de distribuição de água. Em Genebra, a ONU e a Cruz Vermelha apelaram à abertura de todos os postos de passagem para permitir a entrada de mais ajuda humanitária. O diretor do Hospital al-Shifa, em Gaza, Mohammed Abu Salmiya, destacou a necessidade urgente de tratamentos contra o cancro e de incubadoras para cuidados neonatais.

A Defesa Civil alertou ainda a população para os perigos de explosivos de guerra e edifícios instáveis, sublinhando os riscos que os civis enfrentam mesmo após o fim dos combates.