Estes países atuaram como intermediários essenciais, facilitando o diálogo indireto entre Israel e o Hamas.

As negociações decorreram durante vários dias na estância balnear egípcia de Sharm el-Sheikh, com delegações de Israel e do Hamas presentes, mas a negociar através dos mediadores.

O Egito, pela sua proximidade geográfica e histórica relação com ambas as partes, desempenhou um papel central, co-presidindo à cimeira internacional que formalizou o acordo.

O Qatar, que mantém laços com a liderança política do Hamas, foi igualmente fundamental para a comunicação com o grupo islamita.

A Turquia, por sua vez, também participou ativamente nas negociações, aproveitando a sua influência regional e as suas relações com o Hamas.

O envolvimento turco foi particularmente visível na controvérsia em torno da presença de Benjamin Netanyahu na cimeira, onde Ancara, apoiada por outros países árabes, pressionou para impedir a participação do primeiro-ministro israelita.

Donald Trump, ao anunciar o acordo, fez questão de agradecer aos mediadores cataris, egípcios e turcos por terem trabalhado para “fazer este evento histórico e sem precedentes acontecer”.

A colaboração destes três países com os Estados Unidos foi, portanto, um pilar da arquitetura diplomática que permitiu alcançar o cessar-fogo, demonstrando a importância de uma abordagem multilateral para a resolução de conflitos complexos no Médio Oriente.