O ex-presidente norte-americano Donald Trump emergiu como a figura central na mediação do acordo de paz para Gaza, culminando um esforço diplomático com uma visita a Israel e ao Egito. O seu plano de 20 pontos serviu de base para o cessar-fogo, e a sua presença na região foi crucial para a assinatura do acordo. A sua abordagem de diplomacia pessoal e direta foi evidente ao longo de todo o processo. Antes de se dirigir ao Egito para a cimeira, Trump realizou uma visita a Israel, onde foi recebido como um herói. No parlamento israelita, o Knesset, proferiu um discurso em que proclamou o fim de um "longo pesadelo" e o início de um "amanhecer histórico de um novo Médio Oriente".
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reforçou esta imagem, descrevendo-o como "o melhor amigo que Israel alguma vez teve na Casa Branca".
A sua assinatura no livro de visitas do Knesset — "Um novo começo" — simbolizou a sua visão para o acordo.
No Egito, ao lado do presidente al-Sisi, Trump copresidiu à cimeira, onde assumiu o papel de principal arquiteto da paz, afirmando ter alcançado o que era considerado "impossível".
Foi ele quem anunciou o início das negociações para a segunda fase do acordo, mantendo o ímpeto do processo.
Este protagonismo reforçou a perceção de que o acordo foi, em grande medida, uma iniciativa pessoal sua, dependente da sua capacidade de exercer pressão e de persuadir os vários intervenientes a chegarem a um consenso.
Em resumoA diplomacia pessoal e intensiva de Donald Trump foi apresentada como o fator decisivo para o acordo de paz em Gaza. As suas visitas a Israel e ao Egito, juntamente com a sua liderança na cimeira de Sharm el-Sheikh, consolidaram a sua posição como o principal arquiteto e garante do plano.