As imagens e relatos descrevem um êxodo inverso penoso, com milhares de pessoas a percorrer a pé ou em carroças estradas danificadas, transportando os poucos bens que lhes restam.

A incerteza é um sentimento dominante, como expressou Maryam Abu Jabal: "Nós regressamos ao desconhecido, sem saber se as nossas casas ainda existem".

Para muitos, o regresso é a um "desastre" incompreensível, onde bairros inteiros foram reduzidos a escombros.

Esta realidade agrava a já severa crise humanitária.

Organizações como a ONU e a Comissão Internacional da Cruz Vermelha (CICV) apelaram à abertura de todos os postos fronteiriços para permitir a entrada urgente de mais ajuda. A infraestrutura básica, incluindo a rede de distribuição de água, foi totalmente destruída, e hospitais como o al-Shifa necessitam desesperadamente de equipamentos essenciais, como incubadoras e tratamentos oncológicos. O regresso dos civis a estas condições precárias, com o perigo acrescido de explosivos não detonados e edifícios instáveis, sublinha a magnitude da catástrofe humanitária e a urgência de uma resposta internacional coordenada para a reconstrução e recuperação do enclave.