Um acordo de cessar-fogo histórico, mediado pelos Estados Unidos, Egito, Qatar e Turquia, entrou em vigor na Faixa de Gaza, pondo fim a quase dois anos de um conflito devastador entre Israel e o Hamas. A trégua representa a primeira fase de um plano de paz mais vasto, proposto pelo Presidente norte-americano Donald Trump. O acordo, que entrou em vigor a 9 de outubro, constitui um marco diplomático significativo após uma guerra que, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, provocou mais de 67 mil mortos e a destruição generalizada do enclave. A sua formalização ocorreu numa cimeira de alto nível em Sharm el-Sheikh, no Egito, onde o Presidente Trump declarou que se assistia ao “amanhecer histórico de um novo Médio Oriente”.
A primeira fase do plano inclui a cessação completa das hostilidades, a retirada gradual das tropas israelitas para a chamada “linha amarela” e a permissão para a entrada massiva de ajuda humanitária.
A fragilidade do processo foi sublinhada por um alerta do Departamento de Estado norte-americano, pouco antes do início da trégua, sobre uma “violação iminente” por parte do Hamas, o que evidencia a desconfiança persistente entre as partes.
A comunidade internacional, incluindo a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou o cessar-fogo como um “novo capítulo” para a região.
O sucesso desta fase inicial é considerado crucial para avançar para as negociações da segunda fase, que abordará as questões mais complexas da reconstrução e do futuro político de Gaza.
A mediação ativa de potências regionais como o Egito, o Qatar e a Turquia foi instrumental, demonstrando a sua crescente importância na resolução de conflitos no Médio Oriente.
Em resumoO cessar-fogo em Gaza, alcançado através de intensa mediação internacional, marca o fim das hostilidades e o início de um complexo processo de paz. A sua implementação bem-sucedida é vital para a libertação de reféns, a entrada de ajuda humanitária e a transição para negociações sobre o futuro político e a reconstrução do enclave.