O evento, co-presidido pelos presidentes do Egito e dos Estados Unidos, simbolizou um esforço diplomático concertado para estabilizar a região.

A cimeira de 13 de outubro foi um evento diplomático de grande envergadura, que juntou mais de duas dezenas de líderes mundiais, incluindo o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, e o Secretário-Geral da ONU, António Guterres.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, desempenhou um papel central, assinando o acordo e descrevendo-o como um “dia tremendo para o Médio Oriente”.

No entanto, a cimeira foi também marcada por uma tensão diplomática significativa em torno da eventual participação do Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Embora a sua presença tenha sido inicialmente anunciada, Netanyahu acabou por declinar o convite, alegando um feriado judaico.

Várias fontes indicam que a sua ausência se deveu à forte oposição de líderes regionais.

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e o Primeiro-Ministro do Iraque, Mohammed Shia al-Sudani, ameaçaram boicotar o evento caso Netanyahu comparecesse. Um porta-voz do partido de Erdogan confirmou mais tarde que a Turquia trabalhou ativamente para impedir a sua presença, afirmando que o presidente turco “nunca aceitaria estar no mesmo enquadramento fotográfico que Netanyahu”.

Este episódio expõe as profundas rivalidades políticas e a complexa paisagem diplomática do Médio Oriente, mesmo no contexto de uma iniciativa de paz. A ausência de representantes de Israel e do Hamas na cerimónia de assinatura sublinhou que o caminho para uma solução política duradoura permanece repleto de desafios.