O conflito, desencadeado pelos ataques do Hamas em outubro de 2023, resultou numa retaliação israelita devastadora que deixou Gaza em ruínas.

Segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, o número de mortos ultrapassou os 67.000, com centenas de milhares de deslocados. A infraestrutura, incluindo a rede de distribuição de água, foi quase completamente destruída. O acordo de cessar-fogo permitiu a entrada de ajuda humanitária, com o Presidente Trump a salientar que “centenas de camiões de alimentos, equipamento médico e outros mantimentos” estavam a chegar. A ONU e a Comissão Internacional da Cruz Vermelha apelaram à abertura de todos os postos de passagem para facilitar um esforço de socorro em maior escala. O diretor do Hospital al-Shifa, em Gaza, Mohammed Abu Salmiya, destacou a necessidade urgente de “tratamentos contra o cancro” e de incubadoras para cuidados neonatais.

A segunda fase do plano de paz é dedicada à reconstrução, uma tarefa monumental que será discutida numa futura cimeira no Egito.

O Reino Unido também iniciou uma conferência de três dias com representantes da Arábia Saudita, da Autoridade Palestiniana e de doadores internacionais para abordar o tema. A viabilidade a longo prazo de Gaza depende não só da reconstrução de estruturas físicas, mas também da restauração de serviços básicos e da abordagem do profundo trauma psicológico infligido à sua população.