A sua ausência acabou por ser um dos pontos mais comentados do evento, revelando a complexidade das alianças no Médio Oriente.
O anúncio de que Netanyahu participaria na cimeira de Sharm el-Sheikh, após um convite do Presidente Trump, foi rapidamente recebido com forte oposição.
Intervenientes regionais chave, nomeadamente a Turquia e o Iraque, ameaçaram retirar as suas delegações.
O Primeiro-Ministro iraquiano, Mohammed Shia al-Sudani, avisou formalmente o Egito e os Estados Unidos de que se retiraria se Netanyahu estivesse presente.
Da mesma forma, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, deixou claro que não partilharia o palco com o líder israelita.
Um porta-voz do seu partido, Omer Celik, confirmou mais tarde a posição da Turquia, afirmando: “Ele nunca aceitaria estar no mesmo enquadramento fotográfico que Netanyahu”. Perante um potencial colapso da cimeira, Netanyahu acabou por declinar o convite.
A razão oficial fornecida pelo seu gabinete foi o feriado judaico de Simchat Torá.
No entanto, fontes diplomáticas e analistas citados nos artigos sugerem que a verdadeira razão foi a intensa pressão diplomática.
Uma fonte diplomática ocidental lamentou a oportunidade perdida, observando que o Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, “estava pronto para o encontrar”.
Este incidente sublinha a animosidade pessoal e política em relação a Netanyahu por parte de certos líderes regionais e realça a postura diplomática assertiva da Turquia.
Demonstra também como, mesmo num momento orientado para a paz, queixas históricas e alinhamentos políticos atuais podem ameaçar descarrilar o progresso.














