O Egito, que partilha uma fronteira com Gaza, tem sido historicamente um interlocutor fundamental.

O seu papel foi consolidado ao acolher a cimeira de paz de alto risco em Sharm el-Sheikh, fornecendo o terreno neutro para a comunidade internacional formalizar o acordo. O Qatar, que também mantém canais de comunicação com o Hamas, foi instrumental nas negociações que decorreram em Doha.

A Turquia, sob a liderança do Presidente Erdogan, aproveitou os seus laços estreitos com a liderança política do Hamas para influenciar as negociações.

A sua assertividade diplomática foi particularmente evidente na controvérsia em torno da potencial presença de Netanyahu na cimeira, onde a Turquia, juntamente com outras nações árabes, pressionou com sucesso pela sua exclusão.

Este esforço coletivo das potências regionais demonstra uma abordagem multipolar para a resolução de conflitos no Médio Oriente, onde estas nações não são meros observadores passivos, mas sim modeladores ativos dos resultados diplomáticos.

O seu envolvimento contínuo será essencial para a implementação da segunda fase do plano de paz, especialmente em áreas como a reconstrução e a garantia da estabilidade a longo prazo.