No entanto, a trégua enfrenta desafios significativos, com acusações mútuas de violações que ameaçam a sua sustentabilidade. O acordo, que entrou em vigor por volta de 9 e 10 de outubro, foi alcançado com a mediação dos EUA, Egito, Qatar e Turquia.
Apesar do alívio inicial, a sua implementação tem sido marcada por instabilidade.
Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA, apelou à comunidade internacional para “evitar dar o cessar-fogo em Gaza como dado adquirido”, afirmando que, embora se tenha consolidado, “houve muitas ocasiões em que poderia ter colapsado”.
A fragilidade foi evidenciada quando Israel retomou os ataques aéreos no sul de Gaza, em zonas como Khan Yunis e Rafah, alegando responder a uma “flagrante violação” por parte do Hamas, que, por sua vez, negou a acusação.
Em consequência, Israel suspendeu o acesso de ajuda humanitária ao enclave. Do lado do Hamas, surgiram acusações de que Israel teria violado a trégua em 47 ocasiões. A tensão foi prevenida pelo Departamento de Estado dos EUA, que alertara para “relatos credíveis” de que o Hamas planeava “uma violação iminente” do acordo, visando civis palestinianos. O Hamas também acusou Israel de violar a trégua ao abrir fogo perto da linha de retirada, enquanto o exército israelita justificou a ação alegando que “suspeitos” se aproximaram da zona.
Estes incidentes sublinham a precariedade da paz e a necessidade de um empenho contínuo dos garantes do acordo, como os EUA, para evitar um regresso à violência generalizada.














