O acordo, baseado num plano do Presidente Donald Trump, estabelece um roteiro complexo para a desescalada do conflito entre Israel e o Hamas.

O acordo, que conta com o patrocínio dos Estados Unidos e o contributo de mediadores como o Egito, o Qatar e a Turquia, foi estruturado em fases para garantir uma implementação gradual e verificável. A primeira fase, atualmente em curso, foca-se em medidas de construção de confiança e alívio humanitário. Entre os seus pontos centrais estão a troca de reféns detidos pelo Hamas por prisioneiros palestinianos, a retirada parcial das forças israelitas do enclave e, crucialmente, a permissão para a entrada de ajuda humanitária em larga escala no território devastado.

O plano prevê a passagem diária de 600 camiões com alimentos, produtos médicos, materiais de abrigo e combustíveis, incluindo gás para cozinhar, através dos postos fronteiriços.

Esta fase inicial é vista como um teste fundamental ao compromisso de ambas as partes.

O Hamas afirmou ter recebido garantias de Trump de que a guerra terminou, um ponto que reflete a importância da mediação norte-americana para a sustentabilidade do acordo. A segunda fase, ainda em negociação, abordará questões mais complexas, como a reconstrução de Gaza, o desarmamento do Hamas e a futura governação do enclave, temas que continuam a gerar profundas divergências entre os atores regionais e internacionais.