Esta decisão judicial intensificou a pressão internacional sobre Israel para aliviar o sofrimento da população palestiniana.

O mais alto órgão judicial da ONU deliberou que Israel, na qualidade de “potência ocupante”, tem a obrigação, perante o direito internacional, de facilitar a entrega de ajuda na Faixa de Gaza e de satisfazer as necessidades básicas dos palestinianos.

Em resposta, a Noruega anunciou que iria apresentar uma resolução na ONU para apoiar o parecer do TIJ e garantir a sua implementação.

O ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês, Espen Barth Eide, afirmou que “nenhum país pode colocar-se acima das suas obrigações”.

A situação no terreno é dramática.

O comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, descreveu a vida em Gaza como um “inferno na Terra”, alertando que a população enfrenta a aproximação do inverno sem abrigos adequados.

O Egito também se tem preparado para intervir, com as suas autoridades a inspecionar o posto fronteiriço de Rafah para receber feridos e doentes palestinianos, embora a sua reabertura, prevista no acordo de paz, tenha sido adiada por Israel. A urgência da situação foi agravada pela decisão de Israel de suspender o acesso de toda a ajuda humanitária após a recente violação do cessar-fogo, deixando a população de Gaza numa situação ainda mais vulnerável e dependente da evolução do conflito.