A trégua, embora frágil, representa um passo crucial para a estabilização da região e a mitigação da crise humanitária.

O acordo, alcançado após negociações indiretas impulsionadas pelos Estados Unidos e com o apoio de mediadores como o Egito e o Qatar, estabeleceu uma primeira fase focada em medidas de construção de confiança. Esta etapa inicial inclui a troca de reféns detidos pelo Hamas por prisioneiros palestinianos, a retirada parcial das forças israelitas do enclave e, crucialmente, a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Apesar do compromisso formal de ambas as partes, a estabilidade da trégua foi posta à prova por episódios de violência e acusações mútuas de violações.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, principal garante do acordo, emitiu um aviso severo, afirmando que o Hamas seria "erradicado" caso violasse os termos do pacto. Esta declaração sublinha a pressão internacional para a manutenção do cessar-fogo, visto como a única via para avançar para as fases subsequentes do plano de paz, que preveem o desarmamento do Hamas e a reconstrução do território.

O comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, reforçou a precariedade da situação, afirmando que "cada dia é uma prova" e que o cessar-fogo esteve perto de colapsar em várias ocasiões.

A sua consolidação depende, portanto, do contínuo empenho dos mediadores e da contenção por parte de Israel e do Hamas.