Organizações internacionais e líderes mundiais alertam para a fome e a desnutrição generalizadas, sublinhando a urgência de uma resposta mais robusta.
Os dados da ONU revelam uma disparidade gritante entre o acordado e a realidade.
O plano de paz previa a entrada diária de 600 camiões de ajuda, mas, nos primeiros dias da trégua, a média foi de apenas 94 camiões por dia.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, classificou a situação como "catastrófica", afirmando que "o nível de fome e desnutrição em Gaza continua inabalável, já que a ajuda alimentar que entra na Faixa continua insuficiente". A maior parte da ajuda (93%) consiste em alimentos, mas as quantidades estão muito abaixo das 2.000 toneladas diárias consideradas necessárias pelo Programa Alimentar Mundial.
A crise levou o Presidente brasileiro, Lula da Silva, a questionar: "Quem pode aceitar o genocídio que dura há tanto tempo na Faixa de Gaza?".
A situação jurídica também evoluiu, com o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) a emitir um parecer que atribui a Israel, como "potência ocupante", a obrigação de facilitar a entrega de ajuda humanitária. Em resposta, a Noruega anunciou a intenção de apresentar uma resolução na ONU para garantir a implementação desta decisão, reforçando a pressão internacional sobre Israel para que alivie o bloqueio e permita um fluxo de ajuda que corresponda à escala da crise.














