O acordo, impulsionado pelo Presidente Donald Trump, enfrenta agora a complexa fase de implementação, com a comunidade internacional a observar atentamente a sua sustentabilidade.

O plano de paz, que valeu a Donald Trump uma nomeação para o Prémio Nobel da Paz por parte da primeira-ministra japonesa, foi estruturado em duas fases distintas e contou com a mediação crucial de potências regionais como o Qatar e o Egito. A primeira fase, atualmente em curso, estabelece a troca de reféns e prisioneiros, a retirada parcial das forças israelitas do enclave e, crucialmente, o acesso de ajuda humanitária ao território. A segunda etapa, ainda por acordar, prevê uma retirada mais ampla de Israel, o desarmamento do Hamas e a definição da futura governação e reconstrução de Gaza. Apesar de ter silenciado as armas em grande escala, a sustentabilidade do acordo é frágil, dependendo do sucesso de negociações indiretas complexas e da contenção das partes no terreno.

O envolvimento direto da diplomacia norte-americana, com visitas de alto nível a Israel, demonstra a prioridade dada por Washington à manutenção da trégua.

Contudo, a persistência de violência esporádica e as profundas divergências sobre os passos seguintes, nomeadamente sobre a implementação da segunda fase, colocam o acordo sob constante ameaça, evidenciando a dificuldade de traduzir um pacto político numa paz duradoura no terreno.