Estes desacordos representam um obstáculo significativo para a estabilização a longo prazo da região.

A segunda etapa do plano, que se seguiria à troca inicial de reféns por prisioneiros e à entrada de ajuda humanitária, foca-se em questões mais complexas como a retirada total das forças israelitas, o desarmamento do Hamas e a futura governação de Gaza.

No entanto, a sua implementação está bloqueada por um impasse fundamental.

Os Estados Unidos, sob a liderança de Trump, insistem que o Hamas deve primeiro devolver os corpos de todos os reféns que permanecem em Gaza. Por outro lado, o Hamas alega que esta tarefa é praticamente impossível devido à magnitude da destruição e à falta de equipamento pesado para remover os escombros sob os quais se encontram não só os reféns, mas também milhares de vítimas palestinianas.

O Egito, um dos principais mediadores, tem pressionado para que a força internacional entre em Gaza nos próximos dias, argumentando que a sua presença é essencial para criar as condições de segurança necessárias para avançar.

Israel, contudo, opõe-se a esta ideia, acusando o Hamas de protelar deliberadamente o processo e mantendo a devolução dos corpos como uma pré-condição. Esta divergência de prioridades e a desconfiança mútua ameaçam paralisar o processo de paz, deixando o futuro de Gaza suspenso.