A administração norte-americana intensificou os seus esforços diplomáticos com visitas de alto nível a Israel, incluindo do Secretário de Estado Marco Rubio e do Vice-Presidente JD Vance, para supervisionar e consolidar o frágil cessar-fogo em Gaza. As visitas ocorrem num contexto de tensões entre os dois aliados sobre a autonomia de Israel nas suas decisões de segurança. As deslocações de Rubio e Vance a Israel têm como objetivo principal garantir o cumprimento do cessar-fogo em vigor desde 10 de outubro e avançar nas negociações para a segunda fase do plano de paz, que inclui o desarmamento do Hamas e a reconstrução de Gaza. Durante a sua visita, Vance reconheceu que o caminho para a paz "é difícil", mas expressou otimismo, afirmando: "Temos de desarmar o Hamas e reconstruir Gaza para melhorar a vida da sua população, garantindo que o Hamas nunca mais volte a ameaçar Israel".
No entanto, estas missões diplomáticas foram ensombradas por um momento de tensão pública.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, numa aparente resposta às preocupações de Washington, declarou que Israel "é responsável pela sua própria segurança" e "não é um protetorado norte-americano".
Esta afirmação sublinha a sensibilidade de Israel em relação a qualquer perceção de interferência externa nas suas políticas de defesa, mesmo por parte do seu principal aliado.
A situação foi ainda mais complicada pela votação preliminar no Knesset para anexar a Cisjordânia, uma medida que a administração Trump considera "contraproducente" e uma ameaça à estabilidade da trégua em Gaza.
Em resumoAltos funcionários dos EUA, como o Secretário de Estado Marco Rubio e o Vice-Presidente JD Vance, visitaram Israel para reforçar o cessar-fogo em Gaza e promover o plano de paz. As visitas ocorreram num clima de tensão, evidenciado pelas declarações de Benjamin Netanyahu sobre a soberania de Israel nas suas decisões de segurança.