Paralelamente, outras vias multilaterais, como o Tribunal Internacional de Justiça, são ativadas para responsabilizar Israel.

As críticas mais contundentes vieram do Presidente do Brasil, que questionou a relevância das instituições multilaterais.

"Quem pode aceitar o genocídio que dura há tanto tempo na Faixa de Gaza?

", perguntou Lula, concluindo que "o Conselho de Segurança da ONU e a ONU já não funcionam". Esta perceção de ineficácia política do Conselho de Segurança, frequentemente paralisado por vetos, contrasta com os desenvolvimentos no campo do direito internacional. O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), o principal órgão judicial da ONU, emitiu um parecer consultivo afirmando que Israel, como "potência ocupante", tem a obrigação legal de facilitar a entrega de ajuda humanitária em Gaza.

Esta deliberação, embora não vinculativa, carrega um peso moral e legal significativo.

A Noruega, que esteve na origem da consulta ao TIJ, anunciou que vai apresentar uma resolução no Conselho de Segurança para apoiar o parecer do tribunal e pressionar pela sua implementação.

Este movimento demonstra uma estratégia de contornar o impasse político através de mecanismos legais, procurando responsabilizar as partes no conflito com base no direito internacional, mesmo quando a ação política direta se mostra inviável.