Simultaneamente, a crise humanitária agrava-se, com bloqueios à ajuda e críticas contundentes à ineficácia de organismos como a ONU.
O cessar-fogo em vigor desde 10 de outubro foi impulsionado pelos Estados Unidos e negociado com a mediação do Egito, Qatar e Turquia.
O Qatar foi descrito como um "mediador fundamental" para a trégua, baseada num plano apresentado pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
No entanto, a influência destes atores é posta à prova pela contínua violência.
O Hamas apelou aos mediadores para que exerçam pressão sobre Israel, ao mesmo tempo que acusa os EUA de "cumplicidade" nos ataques. A Turquia, que se considera uma das "arquitetas do cessar-fogo", enfrenta obstáculos diretos, com a sua equipa de resgate da AFAD a aguardar autorização israelita para entrar em Gaza pela passagem de Rafah. Fontes do Ministério da Defesa turco acusam Israel de não respeitar as condições da trégua, permitindo a entrada de ajuda humanitária "apenas parcialmente". A crise humanitária motivou fortes críticas de outras nações.
O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, questionou como se pode aceitar o "genocídio que dura há tanto tempo na Faixa de Gaza", afirmando que as instituições multilaterais, como o Conselho de Segurança da ONU, "deixaram de funcionar". Esta perceção de ineficácia internacional agrava-se perante o elevado número de vítimas civis e as dificuldades em garantir o acesso humanitário e a segurança no enclave.














