Entre as razões citadas pelas autoridades israelitas estão o abate de um soldado em Rafah e um controverso incidente relacionado com a devolução dos restos mortais de um refém, que, após análise forense, se verificou pertencer a um prisioneiro já recuperado há quase dois anos.

Em resposta, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou a execução imediata de “fortes ataques na Faixa de Gaza”, visando “dezenas de alvos” do Hamas e da Jihad Islâmica. Por seu lado, o Hamas acusou Israel de uma “traiçoeira escalada” com o objetivo de “sabotar o acordo de cessar-fogo e impor novas equações pela força”.

O movimento islamita palestiniano alega que estas ações contam com a “cumplicidade dos Estados Unidos”, que oferecem a Israel “uma cobertura política para continuar os seus crimes”.

Os ataques israelitas atingiram diversas áreas do enclave, incluindo os campos de refugiados de Nuseirat e Al Shati, e as cidades de Gaza e Khan Yunis, resultando num elevado número de vítimas civis e agravando a já precária situação humanitária. Este ciclo de retaliação evidencia a profunda desconfiança entre as partes e a dificuldade em manter a estabilidade na região.