Este dado estatístico chocante posiciona a Palestina como o país mais perigoso do mundo para uma criança, onde, em média, 78 menores foram vítimas diárias de graves violações de direitos humanos, incluindo assassínio, rapto e abuso sexual. O relatório sublinha que os conflitos na Palestina, Níger, Somália e República Democrática do Congo foram responsáveis por metade de todas as violações verificadas globalmente pela ONU.
A diretora executiva da Save the Children International, Inger Ashing, enfatizou que por trás dos números existem "pessoas reais com nomes e rostos", como Ali, um menino palestiniano subnutrido que não consegue andar.
Esta crise humanitária específica sobre as crianças insere-se num contexto mais vasto de devastação em Gaza, onde, após dois anos de guerra, se contabilizam mais de 68 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas. A organização apela aos Estados para que respeitem o direito internacional humanitário e aumentem o financiamento para a proteção infantil, alertando que a redução da ajuda humanitária e as medidas de austeridade na ONU estão a fragilizar os mecanismos de proteção existentes.













