Ancara, juntamente com o Egito, o Qatar e com o impulso dos Estados Unidos, foi um dos mediadores chave na primeira fase do acordo que permitiu a troca de reféns e prisioneiros.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, comentou a implementação do cessar-fogo, afirmando que "o Hamas parece determinado" a respeitar o acordo, enquanto criticava a atitude "muito medíocre" de Israel.

Para além da mediação, a Turquia posicionou-se como um interveniente ativo no planeamento do pós-guerra, acolhendo uma reunião de sete países muçulmanos para discutir a futura governação de Gaza.

Nesta cimeira, o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, defendeu firmemente a autodeterminação palestiniana.

A Turquia também manifestou o desejo de integrar uma eventual força internacional de estabilização em Gaza, uma proposta que enfrenta a forte oposição de Israel, que vê Ancara como demasiado próxima do Hamas.

Esta desconfiança é um obstáculo significativo às ambições diplomáticas turcas na região, apesar dos seus intensos contactos com os países vizinhos e os Estados Unidos para influenciar uma solução para o conflito.