Os ataques aéreos israelitas e a resposta de grupos aliados indicam um risco significativo de alargamento do conflito na região.

Desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023, o Hezbollah, parte do "eixo da resistência" apoiado por Teerão, iniciou hostilidades contra Israel. Em resposta, as forças israelitas intensificaram os ataques aéreos no sul do Líbano, visando o que descrevem como infraestruturas militares, depósitos de armas e instalações da Força Radwan, uma unidade de elite do Hezbollah.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, advertiu que Israel "agirá conforme necessário" se o grupo não se desarmar.

Esta escalada provocou uma forte reação internacional e regional.

O Hamas e a Jihad Islâmica condenaram os ataques, declarando "total solidariedade para com o Líbano".

O Irão classificou as ações israelitas como "ataques selvagens" e apelou à comunidade internacional para "confrontar a beligerância de Israel".

O governo libanês, através do Presidente Joseph Aoun, acusou Israel de agressão, enquanto as Nações Unidas, através do porta-voz de António Guterres e da Força Interina no Líbano (FINUL), instaram ao respeito pelo cessar-fogo e à contenção.

O Hezbollah, por sua vez, reivindica o seu "direito legítimo" à defesa e rejeita negociações diretas com Israel.

As hostilidades ocorrem apesar de um acordo de cessar-fogo que terminou a guerra de 2024 e de o Hezbollah ter sido enfraquecido por uma campanha aérea israelita anterior que visou a sua liderança.