A trégua permitiu operações humanitárias, mas não conseguiu garantir uma paz duradoura.

O acordo, mediado por Estados Unidos, Egito, Qatar e Turquia, previa a suspensão das hostilidades, a retirada parcial das forças israelitas e a entrada de ajuda humanitária.

No entanto, a sua implementação tem sido marcada por incidentes que ameaçam a sua continuidade.

Segundo os relatórios, desde o início da trégua, foram mortos mais de 241 palestinianos em Gaza.

Um dos focos de tensão é a chamada "linha amarela", uma demarcação imaginária para a qual as tropas israelitas deveriam recuar. As forças armadas israelitas admitiram ter abatido palestinianos que atravessaram esta linha, alegando que representavam uma "ameaça imediata" para os soldados, o que levanta questões sobre as regras de empenhamento.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que "o Hamas parece determinado" a respeitar o acordo, mas criticou a atitude "muito medíocre" de Israel. A trégua esteve particularmente ameaçada a 28 de outubro, quando o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou o bombardeamento do enclave após Israel acusar o Hamas de abater um militar, alegação que o grupo palestiniano refutou.

A contínua perda de vidas demonstra que, embora os combates em larga escala tenham cessado, a situação no terreno permanece volátil e perigosa.