No entanto, a composição e o mandato desta força geram divisões significativas entre os principais atores regionais.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que uma força internacional (ISF) seria enviada "muito em breve" para Gaza, conforme previsto no acordo de cessar-fogo. Esta força, composta maioritariamente por tropas de países árabes e muçulmanos, seria destacada à medida que o exército israelita se retirasse.

Vários países, como a Indonésia, manifestaram disponibilidade para participar, mas insistem na necessidade de um mandato do Conselho de Segurança da ONU.

Contudo, a formação desta força enfrenta obstáculos geopolíticos.

Os Emirados Árabes Unidos, um parceiro estratégico dos EUA na região, expressaram relutância em participar.

O conselheiro presidencial Anwar Gargash afirmou que os EAU "ainda não veem um quadro claro para a força de estabilização e, nessas circunstâncias, provavelmente não participarão".

Por outro lado, a Turquia manifestou o seu desejo de integrar a força, uma proposta que Israel vê com desconfiança devido à proximidade de Ancara com o Hamas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, advertiu que apenas países considerados imparciais poderiam fazer parte da força.

Estas divergências sobre a composição e o comando da ISF refletem as complexas dinâmicas de poder no Médio Oriente e representam um desafio significativo para a implementação de um plano de paz duradouro para Gaza.