Os Acordos de Abraão, mediados pelos Estados Unidos durante o primeiro mandato de Donald Trump, levaram à normalização das relações entre Israel e quatro países árabes: Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Marrocos e Sudão.
A expectativa era que a Arábia Saudita, a maior economia árabe, se juntasse ao processo, o que representaria uma mudança geopolítica histórica.
No entanto, a ofensiva israelita em Gaza alterou drasticamente este cenário.
Riade descartou qualquer normalização com Israel sem a criação de um "Estado da Palestina soberano e viável", uma condição que o governo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeita.
Esta mudança de postura da Arábia Saudita reflete a pressão da opinião pública árabe e a centralidade da questão palestiniana na política regional.
Apesar deste revés, o processo dos Acordos de Abraão não está completamente paralisado.
O Cazaquistão anunciou recentemente a sua adesão, tornando-se o primeiro país a fazê-lo durante o segundo mandato de Trump.
No entanto, a pausa saudita demonstra que a resolução do conflito israelo-palestiniano continua a ser um pré-requisito essencial para uma integração regional mais ampla de Israel.














