Crise Humanitária e Número de Mortos em Gaza Agravam-se Apesar do Cessar-Fogo

A campanha militar israelita em Gaza, iniciada em retaliação ao ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, resultou numa crise humanitária de proporções devastadoras, com o número de mortos a ultrapassar os 69.000 e a ajuda a entrar de forma insuficiente. O balanço de vítimas na Faixa de Gaza atingiu um nível alarmante, com o Ministério da Saúde local a reportar mais de 69.169 mortos, incluindo mais de 20.000 crianças, e 170.690 feridos desde o início do conflito. Estes números, considerados fiáveis pela ONU, continuam a aumentar mesmo durante o cessar-fogo em vigor desde 10 de outubro, com a recuperação de centenas de corpos dos escombros e a ocorrência de novos incidentes fatais. A situação é agravada por uma severa crise de ajuda humanitária. O acordo de cessar-fogo estipulava a entrada diária de 500 a 600 camiões de ajuda, mas os dados mostram que a média tem sido de apenas 348 por dia, um volume classificado como "muito inferior" ao necessário. A Autoridade Palestiniana alerta que a ajuda é insuficiente não só em quantidade, mas também em qualidade, faltando material médico e de abrigo. Além disso, Israel impõe restrições à entrada de equipamento essencial para operações de emergência, como a remoção de escombros e a reabilitação de instalações médicas e de saneamento. A comunidade internacional tem sido instada a pressionar Israel para abrir todas as passagens de fronteira sem restrições, a fim de aliviar o sofrimento da população civil encurralada numa das mais graves crises humanitárias do século XXI.

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Em resumo

Apesar de um cessar-fogo formal, a situação em Gaza continua crítica, marcada por um número de mortos que não para de crescer e uma falha sistémica na entrega de ajuda humanitária, o que prolonga e aprofunda o sofrimento da população civil.

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