Este processo sensível tem sido marcado por desafios logísticos e acusações mútuas, refletindo a profunda desconfiança entre as partes.
O protocolo estabelecido prevê que o Hamas entregue os reféns ou os seus restos mortais à Cruz Vermelha, que por sua vez os transfere para as Forças de Defesa de Israel (IDF) para identificação no Centro Nacional de Medicina Legal. No âmbito deste acordo, o Hamas devolveu os corpos de vários reféns, incluindo alguns capturados durante o ataque de 7 de outubro de 2023 e outros de conflitos anteriores, como o do tenente Hadar Goldin, morto em 2014. Em contrapartida, Israel libertou prisioneiros palestinianos e devolveu centenas de corpos de palestinianos que estavam na sua posse.
O processo, no entanto, está longe de ser harmonioso.
O Hamas alega dificuldades em localizar os corpos dos restantes reféns sob a vasta quantidade de escombros em Gaza, agravadas pela falta de acesso a maquinaria pesada.
Por outro lado, Israel acusa o movimento islamita de atrasar deliberadamente as entregas como tática para evitar a discussão sobre o seu desarmamento, um ponto crucial previsto para a segunda fase das negociações.
A tensão culminou a 28 de outubro, quando a trégua foi ameaçada após Israel acusar o Hamas de entregar restos mortais que não correspondiam a nenhum dos reféns por devolver, uma alegação que exacerbou a já frágil confiança.














