A criação de uma comissão nacional de inquérito, que teria o poder de apurar responsabilidades ao mais alto nível político e militar, é apoiada por uma larga maioria da população israelita, de acordo com sondagens.

No entanto, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o seu governo opõem-se à medida.

Netanyahu reiterou perante os deputados a sua oposição, argumentando que uma tal comissão seria uma "ferramenta política" usada pelos seus adversários. Em alternativa, sugeriu uma comissão de inquérito baseada no modelo que os Estados Unidos seguiram após os ataques de 11 de setembro, uma proposta prontamente rejeitada pela oposição. A recusa do governo em avançar com uma comissão nacional de inquérito, cuja nomeação dos membros compete ao Supremo Tribunal, ocorre num contexto de tensão entre o executivo e o poder judicial, que o governo acusa de ser politicamente tendencioso.