O Cazaquistão, que já mantinha relações diplomáticas com Israel, descreveu a sua inclusão como uma "continuação natural e lógica" da sua política externa.

No entanto, este avanço contrasta com o impasse em relação a outros atores cruciais.

A guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023, alterou drasticamente o cálculo diplomático para muitos países árabes.

A Arábia Saudita, o prémio mais cobiçado para a expansão dos acordos, descartou qualquer normalização com Israel sem a criação de um Estado da Palestina soberano e viável.

Esta condição é firmemente rejeitada pelo governo de Benjamin Netanyahu, criando um obstáculo aparentemente intransponível para a diplomacia liderada pelos EUA na região.

O conflito em Gaza expôs as limitações dos Acordos de Abraão, demonstrando que a questão palestiniana continua a ser um elemento central e inadiável para uma paz abrangente no Médio Oriente, apesar dos esforços para a contornar através de acordos bilaterais.