A trégua foi seriamente ameaçada a 28 de outubro, quando Israel bombardeou o enclave palestiniano após dois incidentes com o Hamas.

Um deles envolveu a morte de um soldado israelita, e o outro, a entrega de restos mortais que, segundo Israel, não correspondiam a um refém por devolver.

Estes eventos sublinham a precariedade do acordo.

Outras violações incluem a morte de palestinianos por forças israelitas.

Num incidente, o exército admitiu ter matado dois palestinianos que atravessaram a "linha amarela" de demarcação, alegando que representavam uma "ameaça imediata". As regras de empenhamento israelitas, que permitem abrir fogo quando os soldados se sentem ameaçados, são vistas como uma porta aberta para o uso de força letal contra civis.

Além das violações militares, o cessar-fogo é minado por impasses nos seus componentes-chave.

A entrega de ajuda humanitária está muito aquém do acordado, e a troca de corpos de reféns tem sido marcada por acusações de atrasos deliberados. A primeira fase do acordo, que inclui a retirada parcial das forças israelitas, o acesso humanitário e a libertação de reféns, ainda não foi totalmente cumprida, e a etapa seguinte — que prevê a retirada total, o desarmamento do Hamas e a reconstrução — permanece por acordar.