Trump enviou uma carta oficial ao presidente israelita, Isaac Herzog, a pedir um indulto para Netanyahu, que enfrenta julgamentos por corrupção, descrevendo o caso como uma "perseguição política e injustificada".

Este pedido formaliza uma exigência que já tinha feito durante um discurso no Knesset a 13 de outubro, para celebrar a entrada em vigor da primeira fase do plano de paz para a Faixa de Gaza.

Na carta, Trump refere-se a Netanyahu como alguém que "lutou ao meu lado por muito tempo" e com quem conseguiu alcançar uma paz "procurada há pelo menos 3.000 anos". A intervenção de Trump na justiça israelita foi criticada pelo líder da oposição, Yair Lapid, que afirmou que qualquer indulto deve ser precedido por uma "admissão de culpa e a expressão de arrependimento". A pressão de Trump ocorre num contexto em que a sua administração impulsionou o acordo de cessar-fogo em Gaza, mediado por Egito, Qatar e Turquia. Além disso, Trump anunciou a intenção de enviar em breve uma força internacional de estabilização para o território, demonstrando um envolvimento direto e pessoal na gestão do pós-conflito e na política interna do seu principal aliado no Médio Oriente.