A justificação de Israel é impedir o rearmamento do grupo xiita, cujas principais lideranças, incluindo Hassan Nasrallah, foram eliminadas numa campanha aérea anterior.

Desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023, o Hezbollah envolveu-se em hostilidades em apoio ao Hamas, abrindo uma segunda frente de conflito.

Após quase um ano de confrontos, uma forte campanha aérea israelita no verão de 2024 "decapitou a direção do movimento xiita".

Apesar do cessar-fogo subsequente, Israel tem bombardeado repetidamente o sul do Líbano e o Vale do Bekaa, visando o que descreve como "infraestruturas terroristas do Hezbollah". O exército israelita justifica estas ações como preventivas, afirmando que "a organização terrorista Hezbollah continua as suas tentativas de restabelecer infraestruturas terroristas em todo o Líbano" e acusa o grupo de usar cinicamente civis como "escudos humanos".

Por seu lado, as autoridades libanesas condenaram veementemente os ataques e apelaram à comunidade internacional para pressionar Israel.

A contínua violação da trégua por parte de Israel cria um ambiente de extrema volatilidade, com analistas a alertar para o risco de um novo cenário de guerra total no Líbano.