Incidentes como a morte de civis que se aproximam das tropas israelitas e bombardeamentos pontuais demonstram a extrema fragilidade do acordo.

Desde o início do cessar-fogo, mais de 240 palestinianos foram mortos em Gaza.

Muitos destes incidentes ocorrem perto da "linha amarela", uma demarcação para a qual as tropas israelitas recuaram. As forças armadas israelitas admitiram ter matado palestinianos que atravessaram esta linha, alegando que representavam uma "ameaça imediata".

Esta política de regras de empenhamento permissivas abre a porta a disparos contra civis e tem sido uma fonte constante de tensão. A estabilidade da trégua foi severamente testada a 28 de outubro, quando Israel bombardeou o enclave após a morte de um soldado israelita e uma disputa sobre a identidade dos restos mortais de um refém devolvido pelo Hamas.

Estes eventos demonstram que, embora as operações militares em larga escala tenham sido suspensas, o conflito de baixa intensidade continua, com um custo humano diário.

A desconfiança mútua e as contínuas violações do acordo mantêm a população de Gaza sob uma ameaça constante e colocam em risco os frágeis esforços para consolidar a paz.