A sua libertação é um pilar fundamental do acordo de cessar-fogo, enquanto o tratamento dado a ambos os grupos tem sido alvo de graves denúncias por parte de organismos internacionais. O ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023 resultou no sequestro de 251 pessoas, cuja libertação se tornou uma prioridade máxima para Israel e um ponto crucial nas negociações. A primeira fase do cessar-fogo em vigor prevê a libertação de reféns vivos em posse do Hamas em troca de 1.968 prisioneiros palestinianos. A complexidade desta troca é agravada pela situação dos corpos de soldados israelitas que o Hamas manteve em Gaza durante anos.

Um exemplo notório é o do soldado Hadar Goldin, capturado em 2014, cujos restos mortais só foram devolvidos 11 anos depois, evidenciando uma tática de longa data do grupo.

Atualmente, os corpos de outros quatro soldados israelitas capturados a 7 de outubro permanecem em Gaza.

Do lado palestiniano, a situação dos detidos em prisões israelitas é igualmente alarmante.

O Comité da ONU contra a Tortura e o Centro Palestiniano para os Direitos Humanos denunciaram maus-tratos sistemáticos e generalizados, incluindo tortura física e sexual, que se intensificaram desde o início da guerra.

Estas acusações de violações graves dos direitos humanos contra os detidos palestinianos acrescentam uma camada de complexidade moral e legal ao processo de troca, sublinhando o profundo sofrimento humano em ambos os lados do conflito.