Esta medida representa um dos mais significativos esforços diplomáticos para gerir o pós-conflito no enclave palestiniano.

A resolução apoia a formação de um "Conselho de Paz" que atuará como uma "administração de governação de transição".

A este conselho será conferida a autoridade para estabelecer a força internacional, cujo mandato e composição serão definidos posteriormente.

A iniciativa surge no contexto de um plano mais vasto para a região, alinhado com o plano de 20 pontos do Presidente norte-americano, Donald Trump, que visa uma solução duradoura para o conflito, incluindo "um caminho para um Estado palestiniano".

A decisão no Conselho de Segurança não foi, contudo, unânime em espírito.

A Rússia absteve-se na votação da resolução apresentada pelos Estados Unidos, sinalizando divergências geopolíticas sobre a gestão da crise.

Segundo analistas, a posição de Moscovo indica uma tentativa de "impor uma alternativa" ao plano liderado por Washington, refletindo a complexa teia de interesses internacionais que moldam o futuro de Gaza. Esta iniciativa da ONU marca um ponto de viragem, transferindo o debate de um cessar-fogo para a construção de uma estrutura de governação e segurança a longo prazo, embora o seu sucesso dependa da cooperação das partes no terreno e do apoio contínuo das potências globais.