Esta escalada transformou o território num palco secundário, mas extremamente volátil, do conflito principal.

De acordo com dados oficiais israelitas, pelo menos 43 israelitas, entre civis e soldados, foram mortos em ataques palestinianos ou incursões na Cisjordânia. Em contrapartida, fontes da Autoridade Palestiniana indicam que pelo menos 1.006 palestinianos, incluindo combatentes e civis, foram mortos por soldados ou colonos israelitas no mesmo período.

A situação é corroborada por organizações internacionais; a ONU reportou que a Cisjordânia atingiu em outubro um pico de violência sem precedentes em quase duas décadas. O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) registou pelo menos 264 ataques de colonos que resultaram em vítimas ou danos materiais, o valor mensal mais elevado desde que a recolha de dados começou.

Em resposta a esta onda de violência, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que considera os distúrbios "extremamente graves" e prometeu aplicar "toda a força da lei contra os manifestantes violentos".

No entanto, a organização de direitos humanos israelita Yesh Din aponta para uma cultura de impunidade, revelando que quase 94% das investigações sobre violência de colonos entre 2005 e 2024 foram encerradas sem acusações formais.