Membros proeminentes da extrema-direita na coligação governamental de Israel têm defendido publicamente medidas radicais contra os palestinianos, incluindo apelos a assassínios e a promoção de legislação punitiva, o que reflete a crescente influência da sua agenda no seio do poder. O Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, líder do partido Poder Judaico, chocou a comunidade internacional ao sugerir que, caso a ONU reconheça um Estado palestiniano, deveriam ser ordenados "assassínios seletivos de altos membros da Autoridade Palestiniana". Ben Gvir foi mais longe, pedindo a prisão do presidente palestiniano, Mahmud Abbas, afirmando que "já existe uma cela de isolamento pronta para ele".
Na mesma linha, o Ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, reafirmou que a "missão da sua vida é impedir o estabelecimento de um Estado palestiniano".
Esta retórica radical materializa-se em ações legislativas.
O partido de Ben Gvir apresentou um projeto de lei para impor a pena de morte a pessoas condenadas pelo assassínio de israelitas por motivos racistas ou hostis.
A Amnistia Internacional condenou a proposta, classificando-a como uma "ferramenta flagrantemente discriminatória" que visaria quase exclusivamente os palestinianos e representaria um "retrocesso perigoso e dramático" para os direitos humanos.
Em resumoAs declarações e propostas legislativas de ministros da extrema-direita israelita, como Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, revelam uma agenda política radical que defende a violência estatal e a discriminação legal contra os palestinianos, minando perspetivas de paz e violando o direito internacional.