Relatórios de organismos da ONU e de várias organizações não-governamentais apontam para uma "escalada acentuada" e sem precedentes de atos de tortura e maus-tratos sistemáticos contra palestinianos detidos por Israel desde 7 de outubro de 2023. As denúncias descrevem um padrão de violência que ocorre com "total impunidade". O Comité contra a Tortura da ONU manifestou-se "profundamente consternado" com o que parecem ser "atos de tortura e maus-tratos sistemáticos e generalizados". O relator Peter Vedel Kessing afirmou que, segundo fontes credíveis, "a tortura se tornou um instrumento deliberado e generalizado" em todas as fases da detenção.
As práticas denunciadas incluem "espancamentos severos, incluindo nas zonas genitais, choques elétricos, manutenção forçada em posições de stress", simulação de afogamento e ameaças de violação.
O Centro Palestiniano para os Direitos Humanos (PCHR) foi mais longe, documentando uma "prática organizada e sistemática de tortura sexual, incluindo violação, desnudamento forçado, filmagens forçadas, agressão sexual com recurso a objetos e cães".
A Amnistia Internacional corroborou a gravidade da situação, referindo um "aumento horrível de mortes sob custódia de palestinianos" no mesmo período. Estas alegações representam uma das mais graves acusações de violação de direitos humanos no contexto do conflito atual.
Em resumoDenúncias credíveis da ONU e de organizações de direitos humanos indicam que a tortura e os maus-tratos, incluindo violência sexual, se tornaram uma prática sistemática e generalizada contra detidos palestinianos desde outubro de 2023, num clima de total impunidade.