A missão desta força será multifacetada: proteger as fronteiras com Israel e o Egito, desmilitarizar o território e desarmar "grupos armados não estatais", uma referência clara ao Hamas e outras milícias.

A iniciativa, no entanto, enfrenta desafios complexos.

A composição da força é uma questão delicada, com os EUA a estenderem convites a países como o Iémen, cujo governo reconhecido internacionalmente considera uma participação largamente simbólica.

Um diplomata iemenita afirmou que, "se participarmos, será apenas enviando alguns oficiais ou soldados (...) para fins logísticos".

A hesitação de vários países árabes e islâmicos é notória, pois temem ser vistos a combater contra milícias palestinianas.

A dinâmica geopolítica também é visível na abstenção da Rússia na votação da resolução.

Uma analista citada num dos artigos acredita que Moscovo "queria impor uma alternativa" ao plano norte-americano para "contrariar um regresso da influência norte-americana à região do Médio Oriente".

O sucesso desta força dependerá não só do financiamento e do mandato, mas também da sua aceitação pelas partes no terreno e da capacidade de navegar nas complexas alianças regionais.