As tendas, já "deterioradas e rasgadas", não oferecem proteção contra a água, deixando as famílias vulneráveis ao frio e a doenças.

A Defesa Civil de Gaza estima que são necessárias aproximadamente 450 mil tendas para abrigar adequadamente a população deslocada. O porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, acusa a comunidade internacional de uma "contínua incapacidade" de prestar ajuda, argumentando que esta inação "incentiva a ocupação [israelita] a intensificar o cerco a Gaza". Ambas as partes palestinianas apontam para as rigorosas restrições impostas por Israel na entrada de ajuda humanitária como um obstáculo crítico, apesar de o acordo de cessar-fogo estipular a sua agilização. A crise alimentar é igualmente alarmante; um dos artigos refere que, a 22 de agosto, a ONU emitiu uma "declaração oficial do estado de fome na cidade de Gaza e arredores" e registou "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela organização em estudos sobre segurança alimentar no mundo. A combinação de destruição de infraestruturas, deslocação em massa, fome e agora as condições climatéricas adversas cria um cenário de sofrimento extremo para mais de dois milhões de pessoas.