A fronteira israelo-libanesa tornou-se um foco de escalada militar, com as forças israelitas a realizarem bombardeamentos quase diários em território libanês, visando alvos do Hezbollah e do Hamas. Estes ataques, que ocorrem apesar de um cessar-fogo em vigor, já resultaram em dezenas de mortos e aumentam o risco de um conflito mais vasto. A justificação israelita para estas ações é a necessidade de impedir o rearmamento do Hezbollah e de eliminar ameaças do Hamas que operam a partir do Líbano. Um dos incidentes mais mortíferos foi o bombardeamento do campo de refugiados de Ain el-Helu, perto de Sidon, que, segundo as autoridades libanesas, provocou 13 mortos.
O exército israelita alegou que o alvo era um "complexo (...) utilizado pelos terroristas do Hamas para treino e exercícios", uma afirmação que o Hamas negou veementemente, classificando-a como "puras mentiras" e afirmando que o local era um centro desportivo público.
Noutras operações, Israel anunciou ter eliminado vários operacionais do Hezbollah, incluindo um "representante local" em Mansouri e outros dois indivíduos em Bint Jbeil e Blida.
O Hezbollah, por sua vez, considera estas ações uma "agressão flagrante" e adverte o governo libanês contra fazer "concessões" a Israel.
Naim Qassem, vice-líder do grupo, afirmou que "o problema é a agressão, não a resistência".
Esta troca de ataques e acusações reflete a volatilidade da região, onde a guerra em Gaza catalisou hostilidades latentes, com o Hezbollah a agir em apoio ao seu aliado Hamas, como parte do "eixo de resistência" liderado pelo Irão.
Em resumoA fronteira israelo-libanesa vive uma escalada de violência, com Israel a realizar ataques aéreos quase diários contra alvos do Hezbollah e do Hamas, resultando em múltiplas vítimas. Enquanto Israel justifica as ações como preventivas, o Hezbollah classifica-as como agressão, aumentando o risco de um conflito regional mais amplo.