A situação no terreno, mesmo após o início do cessar-fogo, é descrita como catastrófica.
A chegada de tempestades e chuvas intensas exacerbou o sofrimento de centenas de milhares de deslocados que vivem em tendas precárias. A Autoridade Palestiniana emitiu um apelo urgente, afirmando que "o que resta em Gaza, tendas deterioradas e rasgadas, não impede a infiltração de água e já não oferece proteção aos cidadãos".
Foi pedida a aceleração da entrega de casas pré-fabricadas e tendas para lidar com as duras condições meteorológicas, mas a entrada de ajuda humanitária continua a ser dificultada por restrições israelitas nas passagens fronteiriças. A crise vai para além da falta de abrigo.
O porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, alertou para um "desastre" iminente com a chegada do inverno e criticou a "incapacidade contínua dos países árabes, islâmicos e internacionais de prestar ajuda".
A situação é tão grave que uma comissão especial da ONU acusou formalmente Israel de genocídio em Gaza e de usar a fome como arma de guerra, uma classificação também utilizada por organizações internacionais de direitos humanos e apresentada perante o Tribunal Internacional de Justiça. Estas acusações refletem a profundidade de uma crise onde o acesso a alimentos, água e abrigo se tornou uma luta diária pela sobrevivência.













